Com uma
nova geração de jovens e o auge da prosperidade financeira, os anos 60
começaram em clima eufórico, anunciando a mudança de comportamento que estava
por vir. Com a invenção da pílula anticoncepcional, as moçoilas abandonaram as
saia rodadas e volumosas de Dior e anunciavam sua liberdade com as calças
cigarretes e a minissaia, a grande vedete da década. A imagem do jovem de blusão de couro, topete e
jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com
ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando.
A
explosão de juventude obrigou o mercado a criar uma moda exclusiva para os
jovens, já que agora o comportamento deles ditava o que vestiam. Nessa época
era a moda das ruas que influenciavam as criações dos estilistas. A moda
unissex ganhou força com os jeans e as mulheres foram além no guarda-roupas
masculino, roubando para elas peças como o smoking.
Futurismo,
tubinhos, estampas geométricas, cabelos volumosos, olhos marcados na maquiagem
e muitos outros aspectos marcam os looks da época. Na moda, a grande vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia,
criada pela inglesa Mary Quant e pelo fracês André Courrèges. As
roupas tinham seu próprio estilo, variando do psicodélico [que se
inspirava em elementos da art nouveau, do oriente, do Egito antigo ou até mesmo
nas viagens que as drogas proporcionavam] ou geométrico e o romântico. Em
1965, na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com
sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de
futuro, em suas “moon girls”, de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes.
Enquanto isso, Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros
neoplasticistas de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas estampas
psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas experimentações, usou alumínio como
matéria-prima.
Os tecidos apresentavam muita variedade, tanto nas estampas quanto nas
fibras, com a popularização das sintéticas no mercado, além de todas as
naturais, sempre muito usadas.
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