Crônica: Vamos às compras


Alguns seres humanos se matam de trabalhar para conseguir um simples papel colorido (aqui no Brasil com desenhos de animais) no final do mês para, enfim, ir às compras, ou como acontece na maioria das ocasiões, pagarem as que já foram realizadas. Nós vivemos apenas em prol disso? Não faz sentido. 
Compramos tudo: alimentos, roupas, eletroeletrônicos. Daqui a alguns anos, talvez, compraremos até sentimentos. "Moço, me vende dois quilos de felicidade e um de paciência por gentileza?". Infelizmente somos assim e ainda descartamos com uma grande facilidade os objetos que compramos e, muitas vezes, até pessoas. Não conseguimos pensar no outro quando estamos comprando, vendendo ou descartando algo, só em nós mesmos, além de não refletir posteriormente na maioria dos casos. É a política e o fundamentalismo criado por nossos ancestrais que desejavam ter as coisas em quantidade cada vez maior, apenas pelo prazer de ter, o que basicamente não mudou nada.
Entretanto, estudos comprovam que estamos com uma capacidade intelectual maior. Criamos ciências matemáticas as quais explicam vários acontecimentos ao nosso redor. Criamos línguas, ou seja símbolos que juntos podem formar palavras, que formam frases, as quais usamos para nos comunicar uns com os outros. A julgar pelo período da Idade da Pedra, hoje somos gênios. Somos super-inteligentes! Sabemos dar valor a tudo. Compramos, vendemos, somos desonestos, egoístas e, às vezes, esquecemo-nos de "ser humanos". Realmente evoluímos muito. 

Alimento e fome, uma proporção que a estatística não consegue ''calcular"!


     De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) existiam 925 milhões de pessoas com fome ou em situação de insegurança alimentar no mundo, em 2010, o que correspondia a 13% da população mundial. Em se tratando de fome os países subdesenvolvidos e\ou em desenvolvimento são os mais relacionados, e não está errada esta alusão. Eles sofrem muito com a chamada desigualdade político-econômica comparados aos países de primeiro mundo em consequência de fatores históricos, políticos e sociais, acarretando nessa situação de fome e miséria que é tão preocupante.
   Este quadro de grande desigualdade num mesmo planeta se dá por conta do impacto da renda dos países sobre os índices nutricionais da população, não pela falta de alimentos (tendo como citação a teoria Malthusiana, da população crescer e os alimentos não acompanhar esse crescimento), mas pela má distribuição. O modelo capitalista visa a produção para o comércio e o lucro, não pela subsistência do contingente. 
     O que é mais assustador é a diferença de parâmetros com relação ao consumo alimentício, enquanto os chamados países "pobres" procuram saídas para a fome, países de renda alta e média tem problemas; como o excesso de peso, o que se nota que quanto maior é a renda, maior torna-se a vulnerabilidade da população à obesidade. Se dá em razão de: ao aumentar a renda, é mais fácil o acesso de alimentos industrializados com custos menores e baixa qualidade nutricional (o que é outro problema, a fabricação de alimentos em prol do capital, esquecendo da influência que gera no organismo da pessoa).
     Não só essa causa mas como outras estimulam para a fome, há muito capital no mundo e ideias para soluções desses problemas, alguns já citados pelo o site: veggi&tal. Que ao serem lidos geram uma reflexão de quanto esse problema é solucionável e o a falta de compaixão ao pode gerar.

Contraste social extremo em BH

A globalização é excludente e perversa para quem não se enquadra nela. É um processo que aprofunda a miséria e a desigualdade distributiva do mundo capitalista, contribuindo para o aumento da concentração de riqueza nas mãos de uns poucos privilegiados e reservando apenas pobreza e desemprego para a maior parte das pessoas.
Não é preciso ir longe pra ver o contraste social causado pelo mundo globalizado.
Estas imagens abaixo são da cidade de Belo Horizonte. Quase não da para acreditar que elas retratam a mesma cidade.







" Quem tem fome tem pressa " (Betinho)

Brasil sem miséria é a mais recente iniciativa adotada pelo Governo Federal para erradicar pobreza extrema. Combinando ações de municípios, estados e federação, a meta oficial é acabar com carências mais acentuadas até 2014. Medidas visam identificar e auxiliar 16 milhões de brasileiros miseráveis.

A sociedade brasileira firmou um acordo entre suas diversas classes e setores sociais depois da ditadura militar, a Constituição de 1988, tem uma série de prioridades ainda não realizadas. Erradicar a pobreza, classificada como “princípio fundamental”, é uma delas, apesar de avanços importantes na última década.
Desde 2003, 48 milhões de brasileiros, o equivalente a toda a população da Espanha, entraram para as classes C, B e A, segundo o mais recente estudo sobre o tema, divulgado no fim de junho pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).


Apesar dos dados animadores, mais de 16 milhões de brasileiros ainda vivem na miséria.
Para tentar mudar esta situação o governo criou uma serie de iniciativas, como os programas de complementação de renda. Estes são recursos em dinheiro que o Governo federal entrega mensalmente para as famílias mais pobres.
A evolução destes programas deu origem ao bolsa família, como o próprio nome diz, o Bolsa Família  tem como objetivo dar proteção integral a família como um todo, e não apenas a alguns de seus membros.
Assim, o Bolsa Família considera todo o grupo familiar e, junto com os recursos financeiros para a complementação da renda, vai estimular as famílias beneficiadas a frequentar e utilizar os serviços da rede pública de saúde, de educação e de assistência social, oferecendo apoio e oportunidades para todos os seus membros.
Em parceria com os estados e os municípios, o Bolsa Família ativará outros programas, como os de alfabetização, capacitação profissional, apoio à agricultura familiar, geração de ocupação e renda e microcrédito, criando para as famílias portas de saída da situação de exclusão em que vivem. A ideia é integrar esforços para permitir que as famílias avancem na direção de uma vida mais digna.
O Bolsa Família assegura que as famílias atendidas possam alimentar melhor alimentar seus filhos, garantindo para as crianças boas condições de saúde e de aproveitamento escolar.
Fica claro que esta não será a solução definitiva para erradicar a fome no Brasil, entretanto é uma forma de amenizar o sofrimento daquelas famílias que não tem do que se alimentar, que vivem em extrema pobreza. Pode-se concluir, assim, que o Bolsa Família deve ser apenas uma medida paliativa, tendo que ser criadas então outras medidas para que futuramente a fome seja definitivamente erradicada, afinal, que tem fome tem pressa. 

Realidade não muito distante

Os dados recentes da economia brasileira poderiam ser festejados, já que a mesma é a sétima do mundo em termos de Produto Interno Bruto e, em alguma medida, isso se reverteu em mudança social. Mas, ao seguir à risca um modelo de desenvolvimento excludente, surge um anticlímax: o país se expõe a um vexame quando se verifica a  persistência da fome em algumas regiões. O que vem à tona claramente sobre o tema é que o Norte e o Nordeste apresentam quadros de insegurança alimentar incompatíveis com a riqueza nacional.
No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem 1 bilhão de analfabetos;  1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda per capta anual bem menor que 275 dólares; 1,5 bilhão de pessoas sem água potável;1 bilhão de pessoas passando fome; 150 milhões de crianças subnutridas com menos de 5 anos (uma para cada três no mundo); 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida. No Brasil, os 10% mais ricos detêm quase toda a renda nacional.
“A chegada de uma mineradora a uma região próxima a um quilombo nos arredores da cidade de Goiânia mudou a rotina dos moradores. Eles sonharam com  empregos, mas poucos se concretizaram. A disputa pela terra se acirrou, o espaço para plantar diminuiu. O jeito passou a ser comprar comida. Os modos de vida se alteraram, as relações foram atropeladas. E, como resultado, as comunidades vivem hoje uma nova tragédia: em troca de alimento, há famílias que oferecem até suas filhas a operários da mineração. A prostituição infantil passou a ser uma triste realidade no quilombo.
A quem pense que este tipo de situação não acontece, e se acontece é somente em lugares muito distantes. Quem pensa desta maneira esta muito equivocado, isto ocorre bem debaixo do nosso nariz. As pessoas, e ate mesmo o governo fecham os olhos perante esta situação, e na maioria das vezes não fazem nada para que esta realidade seja mudada.

Dois quilos no prato e um quilo no lixo

     O Brasil é um dos países que mais produzem alimentos no mundo, entretanto 13,6 milhões de brasileiros ainda passam fome, segundo ONU para Alimentação e Agricultura (FAO). Existem inúmeras tentativas para a redução desse número alarmante e uma delas é a conscientização das pessoas quanto ao desperdício, que chegam a índices de mais de 11 milhões de toneladas de alimentos todos os anos, segundo Embrapa. Estimativas, também da Embrapa, apontam que uma família de classe média joga fora pouco mais de 180 quilos de comida todos os anos. Esse desperdício é suficiente para alimentar uma criança por seis meses. O fato de um país como o Brasil ainda possuir pessoas que passam fome é algo inadmissível.
     Quando essa questão é levada a âmbito mundial, os números são ainda mais aterrorizantes. Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) mostram um desperdício mundial de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos por ano (são 670 milhões de toneladas perdidas nos países ricos e mais 730 milhões nos países em desenvolvimento). Se não houvesse tanto desperdício de alimentos, o número de pessoas famintas do mundo iria diminuir muito, podendo chegar até a extinção da fome.
     Abaixo está um vídeo de um gráfico animado, criado pela Revista Galileu, falando acerca da quantidade de comida que vai para o lixo no Brasil.


Desigualdade Social

A desigualdade social um problema social presente em todos os países do mundo, decorrente da má distribuição de renda e, ademais, pela falta de investimento na área social. A desigualdade social ocorre em sua maioria, nos países chamados subdesenvolvidos ou não desenvolvidos, mediante falta de uma educação de qualidade, de melhores oportunidades no mercado de trabalho, e também da dificuldade de acesso aos bens culturais, históricos pela maior parte da população. Em outras palavras, a maioria da população (pobre) fica a mercê de uma minoria (rica) que detém os a maioria dos recursos financeiros gerando as desigualdades.
A desigualdade social não é acidental, e sim produzida por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mãos de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais.
O crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, dentre outros, são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.
O Brasil tem a oitava maior desigualdade social do mundo entre 128 países que tiveram essa variável avaliada pelo Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU.

O que é Globalização?

Reprodução: Internet
   
     A expressão “Globalização” tem sido muito usada, principalmente nas últimas décadas, para nomear e explicar um fenômeno que ocorre, diferentemente do que muitos acreditam, desde o início das Grandes Navegações. Ela consiste na integração econômica, política e sociocultural entre várias nações e é marcada principalmente pela expansão e consolidação do capitalismo no mundo e pelas significativas inovações tecnológicas nas áreas de comunicação e transporte. Essas inovações promovem a troca de informações em tempo real e diminuem, de forma exorbitante, o tempo de uma viagem para outro país/continente, basta realizar uma comparação entre o século XVI e a época atual. 
       A Globalização também pode ser caracterizada pelo predomínio dos interesses financeiros, pela desregulamentação dos mercados, pelas privatizações das empresas estatais, e pelo abandono do estado de bem-estar social. Esta última característica é um dos principais motivos de vários críticos alegarem a Globalização algo maligno para uma grande parcela da população, pois intensifica a exclusão social, aumenta-se o número da população que não possui renda suficiente para suprir suas necessidades básicas, há o aumento do número de desempregados, provoca diversas crises econômicas, além de acabar com os pequenos empreendimentos regionais. Portanto, a globalização possui vários aspectos a serem considerados juntamente com suas consequências para com cada povo e/ou nação.

Reprodução: Internet

       A charge acima faz uma clara crítica a forma de como a Globalização não atinge a todos de uma maneira igualitária, ou seja, há a exclusão de muitos povos desse fenômeno “global” ou a inserção desses de uma forma enormemente injusta. Passou-se a valorizar mais a questão econômica a questão social. Uma a cada oito pessoas no mundo passam fome, quase 1 bilhão de pessoas não têm com o que se alimentar e os governos não se mobilizam tanto quando algum país passa por algum desequilíbrio econômico. O ser humano perdeu o seu valor. O interesse está voltado para a acumulação de capital e não para o bem estar social.